quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Revolta Islâmica Contra Vídeo Norte-Americano
sábado, 22 de setembro de 2012
Batismo de sangue: É preferível morrer que perder a vida
“Batismo
de Sangue”, fime baseado no livro de Frei Beto, conta a história de freis do
convento dos frades dominicanos, que na década de 60, se tornou uma forte
resistência a ditadura militar. O filme é impactante, pois mostra toda a
tortura passada pelos freis naquela época.
A obra relata a história principalmente dos frades Tito, Betto, Oswaldo,
Fernando e Ivo, que se envolvem com Carlos Marighella, líder revolucionário do
grupo “Ação Libertadora Nacional”, que lutava contra a influência nazista no
Brasil. Após uma conversa entre Frei Diogo e os frades, o grupo decide se
dispersar pelo país para que não sejam alvo de tortura.
Então, Frei Ivo e Frei Fernando vão para o Rio de Janeiro, porém lá são
surpreendidos por militares e torturados. A tortura tinha como finalidade a
resposta para a seguinte questão: Onde era o local de reunião do grupo. Queriam
surpreender Marighella. Porém foi difícil de conseguir essa informação. Após
muita tortura e muito sofrimento, os frades não aguentaram mais e acabaram
dando a informação do local e horário da reunião com seu líder. Os militares foram até o
local e assassinaram Marighella.
Infelizmente, essa é apenas uma das milhares histórias de tortura, sequestros e
muitos outros abusos cometidos durante o regime militar no Brasil. Porém
a obra torna-se de grande importância.
Todos os canais de comunicação sofreram também censura, fazendo com que
o regime militar fosse muito bem "mascarado". Muitos que viveram
naquela época, vieram a descobrir o que aconteceu apenas alguns anos
depois. Sendo assim, Batismo de Sangue tem grande valor histórico pois
revela de forma direta e verdadeira a falta de democracia,
supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e
repressão aos que eram contra o regime militar
O filme é baseado na história real desses freis, uma
história cruel e torturante que assombrou nosso país nessas décadas “escuras”.
Vale a pena ver, mas é preciso ter sangue frio para encarar as cenas de
crueldade. Para quem quiser, segue o link abaixo com o filme, na
íntegra:
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Batismo de Sangue - Um novo olhar
Pouca importância é dada ao titulo do filme ‘batismo de sangue’. O que muitos não veem, no entanto, é o caráter metafórico profundo que ele contem: Batismo é um sacramento cristão que tem como objetivo a purificação do pecado original, portanto o titulo traz a ideia de que a tortura política (“sangue”) seria a forma na qual os militares convenceriam (“batismo”) todos aqueles que eram subversivos à ordem vigente.
O filme conta a história dos freis dominicanos que no
decorrer da década de 1960 começaram a questionar a ditadura militar apoiando grupo
guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, organização política, comandada
por Carlos Marighella, composta por setores de diversas correntes ideológicas
(congregando democratas, tenentes, operários e intelectuais de esquerda),
criada oficialmente em março de 1935 com o objetivo de lutar contra a
influência fascista no Brasil.
A
Igreja sempre representou um grande apoio ao Regime Militar, mas bem se sabe
que essa instituição é extremamente hierarquizada. Assim sendo, o baixo clero,
mais ligado às questões sociais e desvinculados dos princípios da Igreja quanto
ao Regime, não se negaram a participar da militância contra o sistema.
Acompanhamos,
então, os movimentos organizados pela ALN que, em grande parte são delatados,
ou acabam não dando certo... O filme nos mostra de forma intimista a rotina dos
clérigos e suas tradições, bem como seus princípios justos e solidários. A obra
representa um bom quadro da situação desesperadora na qual o país se encontrava
no período, a alienação da população, que dava mais importância para futebol do
que para fatos políticos, como o assassinato de Marighella, entre outras
características.
Um dos pontos altos do filme é sem dúvida a fotografia e a reconstituição de época, até porque, não coincidentemente, o prêmio que ele levou no Festival de Brasília foi o de melhor fotografia. O filme, com ajuda do figurino e das locações, ambientam muito bem o espectador dentro do contexto e fazem com que toda a trajetória torne-se mais legítima. Outro ótimo recurso usado foi o simbolismo nas cenas, na qual não eram usadas palavras explícitas para transmitir uma mensagem. Como exemplo podemos citar a saída do Frei Tito e outros militantes políticos da prisão em direção ao seu exílio, no qual todos aqueles que ficaram cantaram o hino nacional, mostrando seu apoio àqueles que estavam indo e relembrando que todos estavam ali para o bem da pátria. Outra cena muito forte é a tentativa de suicídio do Frei Tito após sua tortura, pois ver um religioso tentar cometer suicídio, algo que é condenado pela Igreja, nos faz ver o quão desesperador era passar por aquela experiência. A abordagem do filme é extremamente psicológica; os personagens são trabalhados de forma profunda, e somos contagiados com suas aflições, sofrimentos e problemas. O Frei Tito, por exemplo, que é barbaramente torturado, adquire sequelas psicológicas que o levarão ao suicídio.
Porém, mesmo que o filme seja carregado de fatos históricos importantes e de
cenas que contém um simbolismo muito forte, há uma crítica que pode ser feita quanto
à exploração do tema: com certeza as cenas de tortura são essenciais dentro do
contexto que o filme mostra, e que através delas nós podemos ter noção do que
realmente acontecia com os presos políticos e o que eles passavam para defender
sua pátria e seus direitos, entretanto essas torturas, dentro da película, foram
usadas mais do que o necessário. Por estender
muito essas cenas, não foi dada a devida ênfase do porquê que aqueles freis
estavam ali exatamente. No fim de tudo, não fica muito claro como os freis atuavam
para ajudar a derrubar esse regime, e talvez um pouco mais de tempo dedicado a
essa explicação fizesse com o que o retrato da situação fosse mais completo.
Mesmo com algumas ressalvas, “Batismo
de Sangue” continua sendo um filme forte que expõe essa ferida ainda aberta da
ditadura que aconteceu em nosso país e faz, a cada minuto, com que nós pensemos
sobre esse momento negro pelo qual aquelas pessoas passaram, até onde o ser
humano pode ser cruel o suficiente para torturar um igual em prol de seus
interesses e até onde um ser humano pode ser corajoso o suficiente para
resistir a dor em busca da liberdade.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Batismo de Sangue - Análise
O filme conta a história de jovens religiosos militantes subversivos. Por muitos é considerada uma obra impactante, uma vez que mostra cenas de tortura e a triste realidade brasileira diante da forte repressão. Segue uma análise superficial dos principais personagens que participam da trama.
Frei Tito - tratado como protagonista, luta pela liberdade ao lado de seus compatriotas. Depois de muito esforço acaba por muitas vezes sofrendo nas mãos da opressão que o levam a sequelas causando-o distúrbios psicológicos, que desencadeiam em um suicídio.
Delegado Sergio Fleury – tido como o maior vilão, é o grande torturador e intimidador representado no filme. Simboliza os grandes opressores de sua época e mostra os métodos de se alcançar os objetivos dos militares de impor um governo ditatorial e sem discordâncias.
Frei Oswaldo, Frei Ivo e Frei Betto – representantes do movimento reivindicatório, demonstram a união popular. Lutam pelo bem e pelos direitos do povo e de toda a nação brasileira.
A ditadura brasileira ocorreu durante os anos de 1964 a 1985 e o filme retrata o período da década de 60, na qual os métodos de opressão estavam muito acentuados. Muitos representantes do governo agiam contra a vontade própria se submetendo à prática de ações que arruinavam a vida de muitos brasileiros. Há uma cena no filme que demonstra bem o fato citado: enquanto os freis realizavam uma oração e distribuíam a representação do Corpo de Cristo, oferecem a todos os presos e em seguida, sem terem uma visão diferente sobre seus “inimigos”, também o fazem para os militares e para o carcerário. Os militares negam sem hesitar, enquanto o carcerário pensa em aceitar, mas temendo o que podia lhe ocorrer caso o fizesse, recusa a hóstia, com uma expressão de impotência – retratando bem a submissão sofrida até mesmo pelo lado aliado ao Estado.
Conhecer a história é importante para a evolução humana, evitando erros passados. O filme ajuda na identificação histórica brasileira evidenciando fatos descritos por Frei Betto, um dos personagens sobreviventes da ditadura. É interessante que a população brasileira tenha contato com a luta de seus antepassados para que possuam uma identidade com a sua nação.
O vídeo a seguir mostra a cena em que é oferecida a hóstia ao carcerário:
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Análise Batismo de Sangue
Assistimos, nesse bimestre, o filme Batismo de Sangue, que é retratado em São Paulo no fim da década de 60. Conta a história de religiosos da Igreja Católica torturados pelo regime militar, os principais eram Frei Tito (que acabou se suicidando enquanto estava exilado em Paris) e Frei Beto. Como no trailler do filme diz, eles transformaram religião em luta pela liberdade.
O convento dos freis dominicanos se torna uma das mais fortes resistências a ditadura militar vigente no Brasil. Depois de um tempo eles são descobertos, presos e terrivelmente torturados. O filme retrata muito bem como eram feitas as torturas antigamente, o que deixa tudo bem impressionante e verdadeiro, nos faz refletir quantas pessoas ja sofreram e até mesmo se foram por causa de tal crueldade. Certas cenas nos deixam inconformados com a baixeza do ser humano que maltrata desse jeito um semelhante para obter informações.
O filme tem muitas cenas que merecem destaque, mas duas delas, principalmente, nos chamaram atenção: Quando Frei Tito pôde sair da prisão junto com outros presos e todos vão embora cantando o hino nacional. E quando, ainda na cadeia, os freis fazem uma missa ali mesmo substituindo a hóstia por bolachas e vinho por suco de uva. Elas passam muita emoção ao telespectador, que parece sentir na pele o que muitos brasileiros passaram nessa época de extrema repressão.
O convento dos freis dominicanos se torna uma das mais fortes resistências a ditadura militar vigente no Brasil. Depois de um tempo eles são descobertos, presos e terrivelmente torturados. O filme retrata muito bem como eram feitas as torturas antigamente, o que deixa tudo bem impressionante e verdadeiro, nos faz refletir quantas pessoas ja sofreram e até mesmo se foram por causa de tal crueldade. Certas cenas nos deixam inconformados com a baixeza do ser humano que maltrata desse jeito um semelhante para obter informações.
O filme tem muitas cenas que merecem destaque, mas duas delas, principalmente, nos chamaram atenção: Quando Frei Tito pôde sair da prisão junto com outros presos e todos vão embora cantando o hino nacional. E quando, ainda na cadeia, os freis fazem uma missa ali mesmo substituindo a hóstia por bolachas e vinho por suco de uva. Elas passam muita emoção ao telespectador, que parece sentir na pele o que muitos brasileiros passaram nessa época de extrema repressão.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Melhoria do Ensino Público: Ainda Podemos Ter Esperança?
Estudos feitos pelo IDEB (Índice de Educação Básica) comprovam que as médias brasileiras para escolas públicas são muito baixas, em 2011 a média do ensino médio de uma escola pública se deu em torno de 3,4 enquanto a média de uma escola privada foi 5,7.
A diferença é bem grande e por isso medidas devem ser tomadas imediatamente. Dentro desse assunto é impossível não mencionar o sistema de cotas, além das cotas para estudantes de cor negra, existe as cotas para alunos da rede pública, as quais são chamadas de ‘’reserva para alunos que cursaram um ensino médio em instituições públicas’’. Para os alunos de escolas privadas as cotas destinadas a escolas públicas são absurdas, já que tais muitas vezes tem uma educação de base melhor e com essas cotas, eles podem acabar se prejudicando e assim não conseguindo uma vaga nas universidades por ela estar parcialmente reservada aos alunos de instituições públicas. Muitos deles acham que a entrada na faculdade deve ser conquistada por mérito próprio e não por uma porcentagem reservada. Mas também não podemos esquecer o lado dos alunos de escolas públicas que não tem certa culpa, afinal, muitos não tem as mesmas oportunidades que alunos de escolas privadas e assim como o ensino oferecido pelo governo não é igualmente forte, eles não teriam grandes oportunidades de cursar uma boa faculdade, então se fossemos pensar em ingressar na faculdade apenas por mérito, eles seriam muito prejudicados, já que eles não tem acesso ao mesmo nível de aprendizado, por falta de oportunidades na vida. Assim devemos lutar para tentar impor ao governo que medidas sejam tomadas, pois de forma alguma queremos prejudicar aqueles que não tem oportunidade de cursar uma escola com um bom ensino, e da mesma maneira não podemos prejudicar aqueles que pagam para isso, os quais são estudantes da escola privada.
Para pressionar o governo a implantar melhorias na qualidade do ensino público no país, estudantes de todo o Brasil realizaram uma passeata em diversas cidades do país. Os jovens estudantes, os quais participaram da passeata, seja de escolas estaduais, municipais e particulares, a qual foi bastante representada. Eles pedem um ensino digno, onde aqueles que estudam em escola da rede pública consigam ter uma base para poder concorrer ao nível de qualquer outro estudante de uma escola superior a dele. Eles não querem ‘’vagas reservadas’’ para estudantes da rede pública, eles querem igualdade, independente da onde o estudante cursou o ensino médio. A grande polemica relatada na passeata, foi que tudo depende da sua base, pois é através dela que eles vão ser aprovados nos devidos vestibulares, assim, tendo um ensino de qualidade nas escolas da rede pública, o estudante pode chegar onde quiser, sem precisar ser favorecido. Podendo estar a par de qualquer outros estudantes da rede privada. E claro, poder concorrer com igualdade todos aqueles que pretendem entrar em alguma universidade.
Jovens estudantes apontam: ‘’ o Brasil investe muito onde não há necessidade, um grade exemplo é a copa do Brasil.’’ ‘’ a educação no Brasil é sempre deixada em segundo plano.’’ ‘’ o Brasil é o pais do futebol, eles só visam em investir nesse único esporte.’’ ‘’ o Brasil não vai para frente enquanto não decidirem investir realmente na educação.’’
Essas são algumas fotos tiradas na passeata realizada aqui na cidade de Santos-SP na quinta-feira, 6 de setembro.
Imagem publicada na rede social por um anônimo.
" A grande realidade"
" A grande realidade"
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Entrevista com o candidato a prefeito Professor Fabião
No dia 31/08 o blog “esclaricendo” entrevistou o professor Fabião, candidato a prefeitura da cidade de Santos pelo partido PSB.
A entrevista teve como principais temas o plano de governo do candidato, as necessidades de melhoria na cidade, os potenciais a serem aproveitados, as razões pelas quais o levaram a se candidatar a prefeito e etc.
O candidato adota em sua campanha o conceito de quebrar a lógica já existente na política de “candidato=produto” e “eleitor=consumidor”.
Tem nos planos de governo focar em projetos sociais tal qual o projeto “Santos novos tempos”, já existente, porém pouco desenvolvido. Na sua ideologia política ele também ressalta ser contra a politicagem, que ele próprio definiu com a frase “Nunca seja tão amigo que não possa brigar e nunca seja tão inimigo que não possa se aliar”. Professor Fabião, filiado no PSB(único partido que já se filiou) há 14 anos, já foi vereador por três mandatos, e durante seus três mandatos seu foco foi ambiental, educacional e cultural. Como professor ele disse pessoalmente acreditar que o ensino publico em Santos tenha evoluído muito porém também pensa que ainda seja possível evoluir mais. Em seus planos de governo ele ressalta a idéia de uma plataforma de comunicação social educacional, utilizando muito a internet que hoje em dia é de fácil acesso para a maioria da população. Uma de suas idéias é, através de um portal online, ressaltar os eventos que ocorrem na cidade, como por exemplo, uma peça que esteja em cartaz no teatro. Para isso ele visa em seu governo o implante de uma secretaria de ciências e tecnologias. Ele também afirmou ser totalmente a favor da política ficha limpa e do transporte coletivo subsidiário. Tem como um de seus planos de governo a esplanada de pistas na entrada da cidade, onde ocorrem freqüentemente congestionamentos, principalmente no inicio e fim de feriados.
Ao indagarmos sua opinião sobre a Marcha Estudantil, evento que está ocorrendo em todo o país e que ocorreu em Santos dia 06/07 e que contou com a participação de muitos estudantes da cidade que reivindicavam um ensino público de melhor qualidade ele se mostrou totalmente a favor. Um importante ponto que vale a pena ressaltar é que, devido a sua profissão (professor de biologia) o candidato tem profundo conhecimento sobre as vantagens e desvantagens ambientais do “pré-sal” em Santos e teria condição de administrar o crescimento econômico junto com a preservação ambiental. Para saber mais sobre seu plano de governo basta acessar o site http://www.professorfabiao40.com.br/ em que é apresentado sua” plataforma de governança". O 3º Clarice Lispector gostaria agradecer ao candidato prof. Fabião por sua disponibilidade e também por seu estusiasmo em contribuir com nosso blog.
Tem nos planos de governo focar em projetos sociais tal qual o projeto “Santos novos tempos”, já existente, porém pouco desenvolvido. Na sua ideologia política ele também ressalta ser contra a politicagem, que ele próprio definiu com a frase “Nunca seja tão amigo que não possa brigar e nunca seja tão inimigo que não possa se aliar”. Professor Fabião, filiado no PSB(único partido que já se filiou) há 14 anos, já foi vereador por três mandatos, e durante seus três mandatos seu foco foi ambiental, educacional e cultural. Como professor ele disse pessoalmente acreditar que o ensino publico em Santos tenha evoluído muito porém também pensa que ainda seja possível evoluir mais. Em seus planos de governo ele ressalta a idéia de uma plataforma de comunicação social educacional, utilizando muito a internet que hoje em dia é de fácil acesso para a maioria da população. Uma de suas idéias é, através de um portal online, ressaltar os eventos que ocorrem na cidade, como por exemplo, uma peça que esteja em cartaz no teatro. Para isso ele visa em seu governo o implante de uma secretaria de ciências e tecnologias. Ele também afirmou ser totalmente a favor da política ficha limpa e do transporte coletivo subsidiário. Tem como um de seus planos de governo a esplanada de pistas na entrada da cidade, onde ocorrem freqüentemente congestionamentos, principalmente no inicio e fim de feriados.
Ao indagarmos sua opinião sobre a Marcha Estudantil, evento que está ocorrendo em todo o país e que ocorreu em Santos dia 06/07 e que contou com a participação de muitos estudantes da cidade que reivindicavam um ensino público de melhor qualidade ele se mostrou totalmente a favor. Um importante ponto que vale a pena ressaltar é que, devido a sua profissão (professor de biologia) o candidato tem profundo conhecimento sobre as vantagens e desvantagens ambientais do “pré-sal” em Santos e teria condição de administrar o crescimento econômico junto com a preservação ambiental. Para saber mais sobre seu plano de governo basta acessar o site http://www.professorfabiao40.com.br/ em que é apresentado sua” plataforma de governança". O 3º Clarice Lispector gostaria agradecer ao candidato prof. Fabião por sua disponibilidade e também por seu estusiasmo em contribuir com nosso blog.
11 de Setembro - Uma data, várias histórias
Há exatamente onze anos o mundo se
deparou com uma das maiores tragédias da atualidade: o desabamento das famosas
Torres Gêmeas, o Word Trade Center, após o choque com dois aviões comerciais.
A reação dos Estados Unidos aos ataques foi rápida, resultando nas Guerras do Afeganistão e do Iraque. Os EUA declararam uma guerra permanente contra o terror, contra os países que pudessem fazer parte do chamado “eixo do mal” e que poderiam estar envolvidos direta ou indiretamente com o terrorismo, apoiando Osama Bin Laden. O que se seguiu foi a disseminação de um medo internacional de possíveis ataques, além do preconceito e intolerância contra a comunidade islâmica, uma das consequências mais negativas de todo esse episódio. Contudo, especialistas afirmam que nas entrelinhas desses empreendimentos contra o terror estava um projeto de expansão e fortalecimento da hegemonia norte-americana no mundo e que tinha a questão do combate ao terrorismo mais como pretexto do que como objetivo.
Ao longo dos anos foram emergindo dezenas de teorias da conspiração. Muitos não acreditam na explicação oficial de que a rede terrorista Al-Qaeda foi a responsável pelos ataques. Acreditam que foi um grupo composto por elementos do Governo norte-americano que esteve envolvido numa larga conspiração belicista, de forma a poder justificar as ações militares posteriores no Afeganistão e Iraque.
Entre todas as teorias da conspiração que foram emergindo ao longo dos anos, há as mais famosas que ainda hoje permanecem vivas e são alimentadas pelos teóricos que acreditam que os ataques tiveram interferência americana, e estas são:
Não se tratava de um mero acidente, como se acreditou a princípio: Na manhã do
dia 11 de setembro de 2001, dezenove terroristas da Al-Qaeda sequestraram
quatro aviões comerciais, a jato, de passageiros. Os sequestradores
intencionalmente bateram dois dos aviões contra as Torres Gêmeas do World Trade
Center em Nova Iorque, matando todos a bordo e muitos dos que trabalhavam nos
edifícios. O terceiro avião caiu contra o Pentágono, sede do Departamento de
Defesa dos Estados Unidos e o último avião caiu em um campo próximo de
Shanksville, na Pensilvânia, depois que alguns de seus passageiros e
tripulantes tentaram retomar o controle do avião. Acredita-se que a meta final
dos sequestradores seria o Capitólio (sede do Congresso dos Estados Unidos). Houve
um total de 2.996 mortes, incluindo os 19 sequestradores e as 2.977 vítimas.
Imagens da colisão dos aviões |
A reação dos Estados Unidos aos ataques foi rápida, resultando nas Guerras do Afeganistão e do Iraque. Os EUA declararam uma guerra permanente contra o terror, contra os países que pudessem fazer parte do chamado “eixo do mal” e que poderiam estar envolvidos direta ou indiretamente com o terrorismo, apoiando Osama Bin Laden. O que se seguiu foi a disseminação de um medo internacional de possíveis ataques, além do preconceito e intolerância contra a comunidade islâmica, uma das consequências mais negativas de todo esse episódio. Contudo, especialistas afirmam que nas entrelinhas desses empreendimentos contra o terror estava um projeto de expansão e fortalecimento da hegemonia norte-americana no mundo e que tinha a questão do combate ao terrorismo mais como pretexto do que como objetivo.
Teorias Conspiratórias
Ao longo dos anos foram emergindo dezenas de teorias da conspiração. Muitos não acreditam na explicação oficial de que a rede terrorista Al-Qaeda foi a responsável pelos ataques. Acreditam que foi um grupo composto por elementos do Governo norte-americano que esteve envolvido numa larga conspiração belicista, de forma a poder justificar as ações militares posteriores no Afeganistão e Iraque.
Entre todas as teorias da conspiração que foram emergindo ao longo dos anos, há as mais famosas que ainda hoje permanecem vivas e são alimentadas pelos teóricos que acreditam que os ataques tiveram interferência americana, e estas são:
● "Por que as Torres Gêmeas ruíram tão depressa, em
consequência de incêndios que duraram menos de duas horas (56 minutos na Torre
2 e 102 minutos na Torre 1)?"
Os conspiradores acreditam que, em vez de ruírem
por ação do fogo, as torres foram demolidas por explosivos, implantados
posteriormente ao ataque e dizem também haver relatórios que indicam que foram
ouvidas explosões pouco antes do colapso.
● Os teóricos da conspiração questionam: "Por que ruiu um arranha-céu que não foi atingido por nenhum avião e que nem sequer era um dos edifícios imediatamente adjacente às Torres Gêmeas?"
● Os teóricos da conspiração questionam: "Por que ruiu um arranha-céu que não foi atingido por nenhum avião e que nem sequer era um dos edifícios imediatamente adjacente às Torres Gêmeas?"
Por que ruiu esse em particular e mais nenhum outro
(à exceção das torres atingidas)? Os conspiradores argumentam que este edifício
foi estrategicamente demolido porque nele estavam instaladas unidades
governamentais sensíveis.
● Outra pergunta apresentada pelos conspiradores é a
seguinte: "Por que um dos exércitos mais poderosos do mundo não conseguiu
interceptar nenhum dos quatro aviões que foram desviados?"
Os teóricos da conspiração
argumentam que foi o próprio vice-presidente da época, Dick Cheney, que ordenou
ao Exército que não interceptasse os aparelhos. Soube-se depois que, nesse dia
11 de Setembro, havia um exercício militar de rotina e que houve falhas de
comunicação entre o controlo aéreo civil (da responsabilidade da Federal
Aviation Administration) e o controle aéreo militar.
Essas teorias ainda geram dúvidas em pessoas de todo mundo. Segue um
documentário muito interessante sobre o ataque às Torres Gêmeas e testemunhos
e evidências que conflitam diretamente com a versão dada pelo governo dos
Estados Unidos.
ZERO: Uma investigação sobre o 11/09:
Há também um aplicativo para produtos da Apple (iPod, iPhone e iPad), em inglês, onde há informações sobre o acontecimento, depoimentos de quem estava nas Torres no momento e várias fotos, segue o link:
sábado, 8 de setembro de 2012
Categorização: base da repressão
“Você é o que você come”
“Me diga com quem andas e lhe direi quem és”
São frases como essas que sintetizam a presença da categorização nas relações humanas. Para melhor entendimento de vocês, caros leitores, faremos uma breve explicação sobre a referida categorização.
A categorização trata-se da base dos esteriótipos. É como se colocassemos os individuos em gavetas, assemelhando suas características a como se comportam socialmente. Isso acaba por gerar generalizações e preconceito – e muitas vezes resulta até mesmo em inaceitação social se a pessoa for fisicamente ou psicologicamente fora dos padrões aceitos pela categorização alheia. Assim sendo, esta assume uma forma de divisão através da aparência e costumes, implicando em esteriótipos e preconceitos que afetam a cognição e afeição dos indivíduos.
Este quadro está inserido, certamente, na cultura. Desde nossa infância somos sufocados por ensinamentos que julgam o certo e errado, os padrões e o sexismo. Porque um garoto que vestir rosa ou uma menina que brincar com carrinhos serão inaceitos pelos colegas, que terão o ensinamento de que menino usa azul e menina brinca de boneca. Depois, nas relações escolares e afetivas, nos deparamos de novo com resultados da categorização. Mais à frente, quando tentamos nossa inserção no mercado de trabalho, novamente lá está o maldito costume. E assim seguimos, dividindo e selecionando o nosso padrão. Fazer apenas isto não haveria problema – pois nada mais é que nossa personalidade. Mas a partir do momento que ao depararmos com diferentes características a criticamos e julgamos, nossa categorização se transforma em preconceito e generalização. Isso reprime não só a evolução da identidade humana, mas também a evolução da própria humanidade, com novas ideias e pensamentos distintos. Bob Marley já enfatizada: “Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais”.
Arrisco dizer que a categorização, se mal aplicada, é um câncer nas relações sociais. Porque esta estabelece padrões. Padrões estes que resultam em mortes, em infelicidade, em injustiça. Podemos pegar facilmente alguns exemplos:
Injustiça: Um homem que pega várias é tido como grandioso, enquanto a mulher que pega vários é tida como vadia;
Mortes: Inúmeros indivíduos sofrem deanorexia, simplesmente porque você é mais bem visto e mais bem tratado se tiver um corpo visto pela sociedade como o ideal ao invés de ser gordinho. O mesmo ocorre com a vigorexia, necessidade de praticar exercícios físicos em excesso.
Infelicidade: O garoto que não pode expressar seus sentimentos para não ser reprimido por seus gostos materiais, musicais, sexuais.
Mas, qual a relação do tema com a Ditadura Militar?
Como mostrado pela arqueóloga Melisa Salerno em sua publicação “Algo habrán hecho…”, referente à ditadura militar argentina, a categorização foi o grande pesadelo de muitos que foram pegos sem nenhum motivo aparente e foram tidos como desaparecidos dalí em diante. A autora mostra em seu artigo os resultados da grande repressão provenientes tanto da ditadura quanto da categorização. E, embora trate-se da ditadura militar argentina, o texto retrata um quadro que era também o tido durante a ditadura militar brasileira. Com os posts que já tivemos anteriormente em nosso blog podemos facilmente perceber como muitas das vítimas do regime militar eram capturadas por confusão e acabavam com finais trágicos. A categorização talvez tenha sido o que causou o maior número de mortes e torturas de inocentes. Isso porque a ditadura controlava até mesmo a aparência da sociedade. Uma roupa mais esfarrapada, uma barba maior ou algum utensílio que não seguisse o padrão poderia representar aos olhos dos carrascos uma forma de se voltar contra o regime. Julgavam muitos como rebeldes apenas pelo estilo que tinham. E acabavam nas mãos da injustiça e da intolerância, sofrendo pela ignorância de uma política nojenta!
São frases como essas que sintetizam a presença da categorização nas relações humanas. Para melhor entendimento de vocês, caros leitores, faremos uma breve explicação sobre a referida categorização.
A categorização trata-se da base dos esteriótipos. É como se colocassemos os individuos em gavetas, assemelhando suas características a como se comportam socialmente. Isso acaba por gerar generalizações e preconceito – e muitas vezes resulta até mesmo em inaceitação social se a pessoa for fisicamente ou psicologicamente fora dos padrões aceitos pela categorização alheia. Assim sendo, esta assume uma forma de divisão através da aparência e costumes, implicando em esteriótipos e preconceitos que afetam a cognição e afeição dos indivíduos.
Este quadro está inserido, certamente, na cultura. Desde nossa infância somos sufocados por ensinamentos que julgam o certo e errado, os padrões e o sexismo. Porque um garoto que vestir rosa ou uma menina que brincar com carrinhos serão inaceitos pelos colegas, que terão o ensinamento de que menino usa azul e menina brinca de boneca. Depois, nas relações escolares e afetivas, nos deparamos de novo com resultados da categorização. Mais à frente, quando tentamos nossa inserção no mercado de trabalho, novamente lá está o maldito costume. E assim seguimos, dividindo e selecionando o nosso padrão. Fazer apenas isto não haveria problema – pois nada mais é que nossa personalidade. Mas a partir do momento que ao depararmos com diferentes características a criticamos e julgamos, nossa categorização se transforma em preconceito e generalização. Isso reprime não só a evolução da identidade humana, mas também a evolução da própria humanidade, com novas ideias e pensamentos distintos. Bob Marley já enfatizada: “Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais”.
Arrisco dizer que a categorização, se mal aplicada, é um câncer nas relações sociais. Porque esta estabelece padrões. Padrões estes que resultam em mortes, em infelicidade, em injustiça. Podemos pegar facilmente alguns exemplos:
Injustiça: Um homem que pega várias é tido como grandioso, enquanto a mulher que pega vários é tida como vadia;
Mortes: Inúmeros indivíduos sofrem deanorexia, simplesmente porque você é mais bem visto e mais bem tratado se tiver um corpo visto pela sociedade como o ideal ao invés de ser gordinho. O mesmo ocorre com a vigorexia, necessidade de praticar exercícios físicos em excesso.
Infelicidade: O garoto que não pode expressar seus sentimentos para não ser reprimido por seus gostos materiais, musicais, sexuais.
Mas, qual a relação do tema com a Ditadura Militar?
Como mostrado pela arqueóloga Melisa Salerno em sua publicação “Algo habrán hecho…”, referente à ditadura militar argentina, a categorização foi o grande pesadelo de muitos que foram pegos sem nenhum motivo aparente e foram tidos como desaparecidos dalí em diante. A autora mostra em seu artigo os resultados da grande repressão provenientes tanto da ditadura quanto da categorização. E, embora trate-se da ditadura militar argentina, o texto retrata um quadro que era também o tido durante a ditadura militar brasileira. Com os posts que já tivemos anteriormente em nosso blog podemos facilmente perceber como muitas das vítimas do regime militar eram capturadas por confusão e acabavam com finais trágicos. A categorização talvez tenha sido o que causou o maior número de mortes e torturas de inocentes. Isso porque a ditadura controlava até mesmo a aparência da sociedade. Uma roupa mais esfarrapada, uma barba maior ou algum utensílio que não seguisse o padrão poderia representar aos olhos dos carrascos uma forma de se voltar contra o regime. Julgavam muitos como rebeldes apenas pelo estilo que tinham. E acabavam nas mãos da injustiça e da intolerância, sofrendo pela ignorância de uma política nojenta!
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Dicas de Filmes..
BATISMO DE SANGUE
Baseado em fatos reais, o filme conta a participação de frades dominicanos ( "Tito", "Betto", "Oswaldo", "Fernando" e "Ivo") na luta clandestina contra a ditadura militar, no final dos anos 60. Movidos por ideais cristãos, eles decidem apoiar a luta armada.
Frei Ivo e Frei Fernando partem para o Rio de Janeiro, onde são surpreendidos e torturados por oficiais brasileiros que, acusando-os de traidores da igreja e traidores da pátria, perguntam por informações sobre o local de reunião do grupo para a posterior captura e execução de seu líder, Carlos Marighella. Após sofrerem tortura, os frades informam aos policiais o horário e o local de reunião do grupo. Marighella foi então surpreendido e executado por policiais do DOPS paulista. Frei Betto, refugia-se no interior do Rio Grande do Sul onde é encontrado, preso, e une-se ao restante do grupo no presídio de Tiradentes, em São Paulo, em 1971. Os frades são posteriormente julgados e sentenciados a quatro anos de reclusão em regime fechado.
A única exceção é Frei Tito, que é libertado em troca do embaixador alemão Ehrefried von Holleben, juntamente com outros presos políticos, em 11 de junho de 1970, e se exila na França. Frei Tito não consegue superar as seqüelas psicológicas sofridas após ser preso e torturado e acaba suicidando-se.
O ANO EM QUE MEUS
PAIS SAIRAM DE FÉRIAS
O filme é passado no ano de 1970 e conta a historia de Mauro,um garoto de 12 anos que é obrigado a deixar sua casa em Belo Horizonte. Seus pais, procurados pela ditadura militar o deixam na casa do avô em São Paulo. Porem o menino nem chega a encontra-lo já que o avo morre no mesmo dia em que é deixado. Schlomo,um judeu que é vizinho de seu avô,mesmo contra sua vontade passa a cuidar dele. Mauro passa então a viver a expectativa da copa do mundo e a esperança de que seus pais voltariam para assistir a competição com ele. O filme busca um olhar infantil sobre os acontecimentos da época , mesclando a paixão do futebol e a estranheza por fatos da época.É também um filme que fala sobre a ditadura de forma indireta, mostrando –a através da visão de uma criança que identifica situações por conta própria.
AS CRIANÇAS E OS ADOLESCENTES
Crianças e adolescentes não foram poupados da
ditadura imposta no Brasil .Muitos foram mortos ,outros foram utilizado na
pressão sobre seus pais nos interrogatórios sob tortura.Com o Golpe de Estado
de 31 de março, o regime bateu de frente com o movimento estudantil, reprimindo
manifestos com bombas de gás e cassetetes, além de fechar grêmios e proibir a
realização de reuniões e congressos. Em uma dessas manifestações, morreram Fernando da Silva Lembo, um menino de apenas
15 anos, Jonas de Albuquerque Barros, com 17, e Edson Luiz Lima Souto, que
tinha acabado de completar 18 anos e tornou-se símbolo da resistência juvenil.
Um dos 140 desaparecidos políticos brasileiros, cujas famílias não tiveram, até
hoje, atendido o direito milenar e sagrado de sepultar seus entes queridos,
Marco Antônio Dias Baptista, tinha apenas 15 anos quando foi preso em Goiás, em
maio de 1970, provavelmente pela equipe do capitão do Exército Marcus Fleury.
Durante os 21 anos de regime ditatorial, o País foi governado por militares que
se orientavam pela chamada Doutrina de Segurança Nacional.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Dilma sanciona a lei das cotas sociais
Será que essa foi a decisão certa a ser tomada? A decisão tomada pela presidenta pode ter sido precipitada; não é assim que deve-se tratar a questão das "injustiças". Os negros, pardos e índios, grandes beneficiados do novo sistema, inegavelmente possuem um histórico extremamente doloroso em nosso país. Mas não é dessa maneira que solucionaremos problemas do passado.
O que vem sendo dito é que, com tal medida, o governo pretende "tapar o sol com a peneira" - deve-se começar a pensar mais no ensino público para que esse tenha sua qualidade aumentada, e, aí sim, utilizar as cotas, como forma de ajuda bem elaborada àqueles que precisam (e quem sabe desenvolvimento como um todo a longo prazo), e não de modo imediatista como será feito. Não são minoria os alunos que entram nas faculdades federais por meio das tais cotas e acabam sendo prejudicados pelo seu mau histórico de aprendizado. Por mais que se esforcem, esses estudantes apresentam dificuldade de acompanhar o curso. A prioridade do nosso governo, pois, deveria ser, de fato, o sistema de ensino público.
A qualidade das escolas decresceu absurdamente em pouquíssimo tempo - chegamos a um patamar em que não temos como prioridade a busca por um nível elevado de ensino, mas por um nível digno. No Brasil, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, como pode ser visto na Constituição. Está certo que a asseguração de tal igualdade é questionável em certos âmbitos - trata-se de gerações e gerações de exploração -, mas as cotas, ao contrariarem esse princípio, acabam por prejudicar uns e ajudar seus beneficiados de forma errônea.
COMO FUNCIONARÁ
A reserva será dividida meio a meio. Metade das cotas, ou 25% do total de vagas, será destinada aos estudantes negros, pardos ou indígenas de acordo com a proporção dessas populações em cada estado, tendo como base as estatísticas mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esses alunos também deverão ter feito escola pública. A outra metade das cotas será destinada aos estudantes que tenham feito todo o Ensino Médio em escolas públicas e cujas famílias tenham renda per capita até 1,5 salário mínimo. Segundo a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, a Lei de Cotas deverá ampliar de 8,7 mil para 56 mil o número de estudantes negros que ingressam anualmente nas universidades públicas federais. P
ara sancionar a lei, Dilma alterou o projeto, retirando o artigo 2º do texto, que afirmava que a seleção para o sistema de cotas seria feita com base no Coeficiente de Rendimento (CR), obtido de acordo com a média aritmética das notas do aluno durante o Ensino Médio. Em substituição a esse método, a presidente decidiu que a seleção dos estudantes no sistema de cotas será feita via Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Mudanças no vestibular deste ano
A Lei das Cotas deverá ser aplicada nos vestibulares ainda no fim deste ano. De acordo com a lei, as instituições federais terão um prazo de quatro anos para se adequarem às novas regras e até um ano para adotar ao menos 25% do que prevê o projeto. As universidades que promovem apenas um vestibular por ano deverão adotar o novo sistema de cotas ainda no exame do final do ano ou começo de 2013. Já as outras, como no caso da UnB, que realizam duas provas anuais, poderão colocar em prática apenas em meados de 2013.
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