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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Desentrincheirando os games

Aprender história, às vezes, pode ser muito confuso e é necessária certa dedicação para as pessoas que possuem dificuldades nesta disciplina.
Pois bem, muitos procuram um modo alternativo de auxiliar na aprendizagem, utilizando filmes, livros, documentários, esses são métodos bastante usados pela maioria, porém se esquecem que o vídeo-game pode ser um grande aliado na compreensão dos fatos históricos da época.

Os jogos de tiro em primeira pessoa sempre necessitam de um objetivo e o contexto e os cenários mais utilizados, são os de guerra, focando muito na Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial, Guerra do Vietnã e na Guerra do Oriente Médio.
As missões realizadas durante o jogo ajudam o jogador a entender como a guerra funcionava, os objetivos, o imperialismo, a questão sócio-econômica, a política do país em questão e muitas coisas que não ficam tão claras durante as aulas, são possíveis “vivenciar” jogando. Um exemplo disso é a guerra de trincheiras, o funcionamento dos tanques de guerra, a importância de submarinos e aeronaves, os armamentos pesados criados na época, entre outros.

Os jogos retratam muito bem a realidade e até prevêem de como será a 3ª Guerra Mundial, reproduzida no jogo Call Of Duty : Modern Warfare 3. Alguns jogos são bem fiéis e relatam até o uso de tortura durante a guerra com os seus personagens, outros por serem de cunho fictício, fazem o término do jogo fantasioso.

A série de jogos Battlefield relata quase todas as guerras que o mundo já teve e o cenário é bem fiel ao que os livros e a história conta.
Battlefield 1942 se passa na Segunda Guerra Mundial, e usava a tecnologia (engine) refrector, e tinha introduzido o modo conquista, onde os jogadores tinham que capturar pontos do mapa. Os cenários continham: praias de Normandy, desertos do norte da África, a batalha de Midway no Japão, Guadalcana e outros. O jogo contava com Tanques, jipes, aviões e barcos a disposição dos jogadores, os deixando lutarem em famosas batalhas da segunda guerra mundial por terra, mar e ar.


Medal Of Honror é uma série de jogos idealizada pelo cineasta norte-americano Steven Spielberg, situando-se na Segunda Guerra Mundial, o jogador encarna o tenente Jimmy Patterson, um soldado ligado a OSS, Organização Secreta Militar dos EUA. São representados nos jogos, alguns momentos históricos, tais como o desembarque em Normandia, cujo momento deu origem ao filme O Resgate do Soldado Ryan, dirigido também por Steven Spielberg. Nas outras edições possuem soldados diferentes e com objetivos diferentes.
Na Alemanha, toda a série foi considerada controversa, devido aos símbolos nazistas, como emblemas, uniformes e bandeiras, que podem ser encontrados ao longo dos jogos. Naquele país, este tipo de simbologia só pode ser usado para referências históricas. Assim, foi considerado inadequado para os mais jovens e disponibilizado apenas para pessoas com idade superior a 18 anos, e toda a publicidade foi retirada.







terça-feira, 4 de setembro de 2012

Dilma sanciona a lei das cotas sociais


Será que essa foi a decisão certa a ser tomada?  A decisão tomada pela presidenta pode ter sido precipitada; não é assim que deve-se tratar a questão das "injustiças". Os negros, pardos e índios, grandes beneficiados do novo sistema, inegavelmente possuem um histórico extremamente doloroso em nosso país. Mas não é dessa maneira que solucionaremos problemas do passado. 

O que vem sendo dito é que, com tal medida, o governo pretende "tapar o sol com a peneira" - deve-se começar   a pensar mais no ensino público para que esse tenha sua qualidade aumentada, e, aí sim, utilizar as cotas, como forma de ajuda bem elaborada àqueles que precisam (e quem sabe desenvolvimento como um todo a longo prazo), e não de modo imediatista como será feito. Não são minoria os alunos que entram nas faculdades federais por meio das tais cotas e acabam sendo prejudicados pelo seu mau histórico de aprendizado. Por mais que se esforcem, esses estudantes apresentam dificuldade de acompanhar o curso. A prioridade do nosso governo, pois, deveria ser, de fato, o sistema de ensino público.

A qualidade das escolas decresceu absurdamente em pouquíssimo tempo - chegamos a um patamar em que não temos como prioridade a busca por um nível elevado de ensino, mas por um nível dignoNo Brasil, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, como pode ser visto na Constituição. Está certo que a asseguração de tal igualdade é questionável em certos âmbitos - trata-se de gerações e gerações de exploração -, mas as cotas, ao contrariarem esse princípio, acabam por prejudicar uns e ajudar seus beneficiados de forma errônea.

COMO FUNCIONARÁ

A reserva será dividida meio a meio. Metade das cotas, ou 25% do total de vagas, será destinada aos estudantes negros, pardos ou indígenas de acordo com a proporção dessas populações em cada estado, tendo como base as estatísticas mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esses alunos também deverão ter feito escola pública. A outra metade das cotas será destinada aos estudantes que tenham feito todo o Ensino Médio em escolas públicas e cujas famílias tenham renda per capita até 1,5 salário mínimo. Segundo a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, a Lei de Cotas deverá ampliar de 8,7 mil para 56 mil o número de estudantes negros que ingressam anualmente nas universidades públicas federais. P
ara sancionar a lei, Dilma alterou o projeto, retirando o artigo 2º do texto, que afirmava que a seleção para o sistema de cotas seria feita com base no Coeficiente de Rendimento (CR), obtido de acordo com a média aritmética das notas do aluno durante o Ensino Médio. Em substituição a esse método, a presidente decidiu que a seleção dos estudantes no sistema de cotas será feita via Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).


Mudanças no vestibular deste ano

A Lei das Cotas deverá ser aplicada nos vestibulares ainda no fim deste ano. De acordo com a lei, as instituições federais terão um prazo de quatro anos para se adequarem às novas regras e até um ano para adotar ao menos 25% do que prevê o projeto. As universidades que promovem apenas um vestibular por ano deverão adotar o novo sistema de cotas ainda no exame do final do ano ou começo de 2013. Já as outras, como no caso da UnB, que realizam duas provas anuais, poderão colocar em prática apenas em meados de 2013.


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Uma breve análise da greve dos estudantes brasileiros



Não é novidade para ninguém que o setor público de Educação no Brasil esteja deteriorado: nas escolas, faltam professores, materiais e merenda; nas universidades, o problema de infraestrutura é grave, faltam restaurantes universitários, salas de aula, laboratórios, bibliotecas, edifícios, entre outros. As origens dessa triste realidade são muitas e dariam pano para uma nova postagem do blog. Por ora, então, apontaremos o abandono da educação brasileira pelo governo como um dos principais motivos da falência do setor. Deve-se destacar que apenas 4% do PIB nacional é destinado para a educação, o que nos leva a perguntar, e os outros 96%? Os destinos são inúmeros e intrigantes, como o bolso de grandes políticos corruptos e o pagamento da “dívida pública”, que já foi paga várias vezes...

Vale destacar que existem casos, como na Universidade Federal Fluminense, em que os estudantes têm aulas em contêineres, bem como há aqueles nos quais as aulas são ministradas em porões, laboratórios são improvisados em banheiros e estudantes passam necessidades por não haver, na universidade, refeitórios ou moradias, o que resulta numa estrondosa porcentagem de evasão dos alunos.

Com a desvalorização do sistema público de educação, a tendência é que a excelência de ensino deixe de ser um sinônimo para o setor, afinal, os exímios professores o abandonam gradativamente para se dedicarem ao setor privado, as verdadeiras “empresas” da educação, onde receberão mais, mas trabalharão de forma apenas funcional. A qualidade dos alunos e professores como pesquisadores, então, sofre com tais efeitos.

A mídia tenta esconder e “abafar” a maior greve estudantil do Brasil, que se arrasta por mais de 3 meses, utilizando todo o seu poder de manipulação. Afirma, por exemplo, que os professores colocam seus interesses pessoais, o salário, na frente do coletivo. Porém sabe-se bem que os princípios dos professores vão muito além dos seus salários, e que poucos se negligenciam a trabalhar. Perseu Abramo já dizia, no seu clássico “Padrões de manipulação da grande imprensa”, que a mídia comercial lança mão de diversos artifícios para divulgar uma versão distorcida da realidade. Ele advertia que “não é todo o material que toda a imprensa manipula sempre”, mas que há padrões observáveis no conjunto da produção jornalística que demonstram que a maioria incorre em algum grau de manipulação, a qual tem objetivos e interesses, geralmente econômicos e políticos.

Dessa forma, apesar da tentativa falha da mídia nacional de esconder e deslegitimar a causa dos grevistas, apontando-os como privilegiados, desordeiros, em busca de atenção, pode-se afirmar que a luta dos estudantes e professores (entre outros envolvidos) por uma educação digna e de qualidade para TODOS no Brasil é algo honrável, que merece respeito e atenção nacional.  

Para finalizar, apresentamos aqui algumas das propostas dos grevistas: aumento da porcentagem do PIB investido em educação de 4% para 10%, criação e reformas de campus universitários, refeitórios, laboratórios, aumento salarial dos magistrados, etc...

Não seria essa uma causa justa a se lutar? Convidamos o leitor a dar sua fundamental opinião nos comentários e responder nossa enquete: "Você irá participar da Marcha Estudantil Nacional do dia 06/09?"  ao lado.