Carlos Marighella nasceu em Salvador no dia 5 de dezembro de 1911. De origem humilde, ainda adolescente, despertou para as lutas sociais. Aos 18 anos iniciou curso de Engenharia na Escola Politécnica da Bahia e desde já tornou-se militante do Partido Comunista, dedicando sua vida à causa dos trabalhadores, da independência nacional e do socialismo.
Contando diversos anos de prisão, tendo sido baleado, espancado e torturado, chegou a ser considerado o inimigo público número 1 nos anos de chumbo da ditadura brasileira. Em uma ocasião, inclusive, mesmo preso, foi eleito para o Comitê Central. Em 1967, por discordar das linhas que o Partido Comunista tomava e acabar sendo expulso do mesmo, fundou a Ação Libertadora Nacional - ALN, optando pela luta armada. Sua organização sobreviveu mesmo depois de sua morte, em 1969.
Marighella, que além de guerrilheiro, era escritor e poeta, deixou diversos escritos, que correram o mundo - sua primeira prisão, inclusive, se deveu a parte de sua produção intelectual, com versos que ridicularizavam o interventor de Vargas, Juracy Magalhães.
Pode-se até discordar de seus princípios e a forma com que ele tentava alcançá-los, mas, inegavelmente, os ideais do militante se perpetuarão, o que pode ser observado pelas diversas formas pelas quais sua história está sendo contada; ainda nesse mês, foi lançado um documentário de sua vida - ou "depoimentário", uma vez que conta com mais características emocionais que factuais -, cujo trailer se encontra abaixo:
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