George Orwell era declaradamente esquerdista, mas a despeito disso compreendeu o totalitarismo stalinista que eliminava todos os opositores do regime e, é claro, sabia igualmente da existência de regimes ditatoriais de direita e das atrocidades por eles cometidas. Apesar deste tema específico, o totalitarismo político que passa a impregnar a vida de todos os cidadãos e ditar o rumo de suas vidas, dizendo a todo o momento, a partir de um onipresente sistema de informação e comunicação de ideias do regime político dominante, “1984” vai muito além disto, e, certamente, se torna um clássico justamente por não ser raso e panfletário.
A obra de Orwell escancara a ideia de lavagem cerebral coletiva operada pelo sistema a mando do Grande Irmão (Big Brother), que tudo vê e tudo sabe através do uso das modernas tecnologias, com telas espalhadas por todos os lados a monitorar e "fazer a cabeça" de cada ser humano “integrado” ao seu universo. "1984" nos coloca num cenário em que as máquinas são acessórios e a maldade é humana em sua origem. Ele também, retrata a história de um funcionário que, numa sociedade totalitária onde as emoções são consideradas ilegais, comete o atrevimento de se apaixonar. A adaptação do clássico feita por Michael Radford é provocante e não deixa a desejar, representando brilhantemente o controle da privacidade dos cidadãos através dos telões, bem como a aventura que o personagem enfrenta ao desafiar o Sistema.
A obra foi publicada em 1949 e constitui pensamentos que se propõem a nos colocar no pior dos cenários futuros, aquele em que apenas nos preocuparemos em sobreviver e acabaremos nos submetendo a um sistema político repressor, policiado e controlador até mesmo de nossos pensamentos. Uma de suas principais características e, certamente, das mais atuais e importantes para as novas gerações remete a questão da desumanização. Apesar de as máquinas constituírem apenas meios para o efeito do domínio do "Grande Irmão", é através destes recursos que se coloca em operação a lavagem cerebral.
A obra foi publicada em 1949 e constitui pensamentos que se propõem a nos colocar no pior dos cenários futuros, aquele em que apenas nos preocuparemos em sobreviver e acabaremos nos submetendo a um sistema político repressor, policiado e controlador até mesmo de nossos pensamentos. Uma de suas principais características e, certamente, das mais atuais e importantes para as novas gerações remete a questão da desumanização. Apesar de as máquinas constituírem apenas meios para o efeito do domínio do "Grande Irmão", é através destes recursos que se coloca em operação a lavagem cerebral.
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